Far Beyond Empire, Innocence Lost, Gutted Souls, Agona e Dark Tower

No dia 22 de Maio de 2022 a noite do carioca headbanger foi marcada por vocais viscerais, riffs coesos e entrega tanto do público quanto das bandas numa troca de energia imensurável. 

      (Flyer Tomarock Produções)

Mesmo tendo perdido a apresentação da Far Beyond Empire devido à nossa situação caótica em relação ao transporte público pude perceber a imensa satisfação na face do seu público e comentários extremamente positivos sobre o quão potente foi o quarteto carioca.

      Far Beyond Empire
      (Foto: Gustavo Maiato)

Adentrando ao nostálgico e querido Clube Mackenzie já avisto rostos conhecidos, dentre eles o do amigo e vocalista da Dark Tower, Flávio Gonçalves. Perguntei qual era a sua expectativa para o retorno aos palcos cariocas depois de dois anos e a resposta não poderia ser diferente "vamos destruir" com um ânimo contagiante. 
Não demora muito e a Innocence Lost faz sua aparição ao palco de forma enegizante com muita interação digna de um belíssimo show de Metal abastecido com um instrumental  e presença de palco incríveis. 

      Innocence Lost 
      (Foto: Yuri Nasseh)

Entre uma apresentação e outra, percebo uma euforia e exaltação que não se vê em qualquer noite de Metal carioca. Aquela sensação nostálgica gostosa...
Eis que entram os veteranos implacáveis da Gutted Souls. A banda mostrou a que veio numa apresentação expressiva e vocal dilacerante. A peita do vocal fazendo jus ao instrumental absurdo!

      Gutted Souls
       (Foto: Daniela Barros)

Entre um show e outro vejo integrantes de banda interagindo no meio do público, gargalhadas, abraços, reencontros inesperados, brindes... Desacreditada que um dia voltaríamos a fazer tudo isso novamente e ali estamos.
Ah amigos... A cena somos todos nós!
Palco preparado e lá estão os rapazes da Agona com uma performance monstra. O vocal se esgueirando olhando fixamente pra platéia concentrada enquanto lançava as letras diretas ao público. 

     Agona
     (Foto: Gustavo Maiato)

Intervalos entre uma apresentação e outra suficientes para vir mais gente que não via há tempos, cervejar e descansar o bate-cabeça que a cada música se tornava ainda mais devastador (sem contar que a coluna não é mais a mesma de vinte anos atrás).
Já lá na frente, aguardava ansiosa o retorno da banda de Black/Death Metal que encerraria o evento que, por sua vez, vieram nos avisar que já entrariam.
Trabalhados no corpse paint, eis que os cinco propagadores da destruição fazem sua aparição agressiva a começar por um instrumental denso, seguindo do vocal dilacerante para complementar um caos absoluto. 
Letras insanas, que segundo a banda "é um manifesto contra essa onda de obediência cega, que assola a sociedade nos dias atuais, e fala de todo tipo de libertação e rebeldia, seja ela espiritual, cultural, sexual e filosófica".
Gestos de círculos com a mão para o público. E abre-se o mosh! Nada nos dividia, a energia era uma só. 
Palavras sobre os entes perdidos durante a pandemia, palavras de encorajamento e de repúdio ao que no momento ocupa a cadeira da presidência e sua corja. 
Encerraram a noite assim, e ainda sendo sobrevoados por um morcego!

      Dark Tower
      (Foto: Gustavo Maiato)

Todas as bandas expressaram seu repúdio a situação que estamos vivendo mostrando que se isentar disso é fazer parte.
Apresentações de peso, unicamente espetaculares em seus shows e suas vertentes dentro do Metal.
Evento memorável! Entrega mútua e energia avassaladora. 

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