Rato No Rio Revival: Doze bandas e um público insano celebrando o Underground da zona oeste carioca.
A Areninha Hermeto Pascoal foi palco duplo para um clássico da zona oeste carioca: O Rato No Rio.
Festival oriundo dos anos 2000, tem sua edição ampliada e elaborada pensando no cenário local e trazendo gente de todo canto do Rio de Janeiro e até de fora.
Tanto que disponibilizou transporte para cidades vizinhas. E até um dia antes do evento já haviam mais de 300 ingressos vendidos, no dia essa estimativa acabou surpreendendo a todos com o número maior de pagantes.
Outra coisa que chamou a atenção foi o conceito e a dinâmica das apresentações, otimizando a preparação e apresentação nos dois palcos do evento (o de dentro é o palco Rato Mundo e o de fora, Rato Sunset).
(Flyer Rato No Rio Revival)
(Flyer - Cronograma das bandas)
Adentrando ao local, já vejo a banda Lana Rox em ação no sunset. E te digo mais: Pra quem gosta de uma mistura de rap com influências de Rock anos 2000 e metal moderno é um prato cheio! Cantam um repertório rico de originalidade.
Quem estava do lado de fora já ouvia a passagem de som do palco de dentro para que não houvessem atrasos.
E pra lá fomos!
Banda: Lana Rox
(Foto: Jessica Motta)
Já no palco Rato Mundo, a banda Filhotes já se preparava enquanto isso. Proporcionando um show (segundo alguns fãs que estavam lá) super nostálgico cantando clássicos.
Se tiver algum show deles por perto, apenas vá.
Banda: Filhotes
(Foto: Facebook)
Já podemos ir para o palco Rato Sunset prestigiar os feras da banda Maria Fumaça. Os queridos de São Paulo trazem um som super moderno, sem esquecer das influências diretas do rap e ainda podemos contar com a participação especial da cantora Mel Garcia com clássicos como "All My Life" do Foo Fighters entre outros.
Banda: Maria Fumaça e Mel Garcia
(Foto: Jessica Motta)
Ao encerramento da apresentação insana, os portões do palco Rato Mundo já se abrem novamente. Agora para o Metal pesado da Vox Mortem trazendo um vocal dilacerante, base firme e coesa para os riffs super pesados.
Lotando o espaço rapudamente, o quinteto traz um público fiel e que sabe apreciar o bom Death Metal brutal.
Banda: Vox Mortem
(Foto: Facebook)
Novamente ao palco exterior, os veteranos da DeCore já estão à postos para nos trazerem seu rap e Hardcore da zona leste de São Paulo. Com o baterista da formação original, eles mantém uma base muito boa levando o show com afinco e, ainda sim, com muita pegada de rock moderno.
E, novamente, podemos contar com a participação da querida Mel Garcia.
Banda: DeCore e Mel Garcia
(Foto: Jessica Motta)
Pontualmente às 20h20, os portões do palco Rato Mundo se abrem para o culto do oculto fornecido pela banda 7 Peles. Com muita presença de palco e músicas dentro de um som inovador, eles trazem um público vasto com a mesma intenção: Irmãos e irmãs curtindo um metalzão pesado diferente de tudo.
Quer entender melhor? Vá em um show deles.
Banda: 7 Peles
(Foto: Jessica Motta)
Espaço lotado, reencontros, conversas, abraços. O nostálgico é a inovação se fundem.
Sangue de Bode sobe ao palco de fora com toda sua potência, no mais puro som extremo, agressivo e mórbido. Digo e repito: Apesar da identidade visual ser Black Metal, as letras são questionadoras, uma banda que não te permite criar rótulos com tanta influência punk, Hardcore e por aí vai.
"Messias de Merda", "Comendo Lixo" e outros petardos da banda fazem a galera abrir um mosh insano.
Banda: Sangue de Bode
(Foto: Facebook)
Novamente ao palco Rato Mundo, já vemos a banda Dark Tower posicionada. Os caras são uns infernais imparáveis pois nem o imprevisto com o pedestal de um dos guitarristas parou o show!
Canções como "Obedientia" e "God Above Nothing" não podem faltar junto do coro único e fiel de seu público em uma extensão equiparável da energia desse show insano.
Banda: Dark Tower
(Foto: Instagram)
A banda Pavio sobe ao palco Rato Sunset (por motivos de logística da banda que se apresentaria nessa hora mas nada que comprometesse o cronograma) e mostra a que veio. A banda é conhecida por suas letras diretas e certeiras. Com formação nova e totalmente visceral, a baterista integra uma base coesa e objetiva.
"Execução Sumária" e "Racista, você não é bem-vindo aqui" não podem faltar no cast desses feras.
Banda: Pavio
(Foto: Instagram)
O palco interior é marcado pelo retorno da LAC e pelo lançamento do álbum "Limbo" que foi inspirado e apoiado por seu público por meio de uma campanha de crowdfunding na Internet. Nesta noite e pelos shows do Brasil este ano, a banda conta com Sandro Moreira (Rebaeliun) em sua formação. Com uma apresentação nada menos do que histórica, a banda também toca clássicos como "Hell de Janeiro" e outros que compõem os álbuns anteriores.
Ah, preciso dizer que o mosh foi insano?
Pensa num porradeiro.
Banda: LAC
(Foto: Facebook)
Sandro Moreira estará nas apresentações da LAC pelo Brasil em 2023.
(Foto: Instagram)
A última banda da noite a subir ao palco Rato Sunset é a Pacto Social. Estradeiros e com mais de 30 anos de Punk Rock, o quarteto vem trazendo toda sua experiência com músicas contestadoras e certeiras para quem é fã do gênero.
Entregaram um show impecável!
Banda: Pacto Social
(Foto: Jessica Motta)
E para fechar a noite, a banda Cara de Porco traz a nostalgia do Revival com suas músicas irreverentes e seu público cantando TODAS!!! E a nova: O lançamento do álbum "Música Santa Para Demônios". A interação é única. Galera sobe no palco pra cantar junto, com direito a participação especial do amigo Ricardo Q-Pam vocalista da banda DeCore pra finalizar a noite. Até porque quem tá no Rock é pra se fuder, né gente! Kkkkk
Banda: Cara de Porco
(Foto: Facebook)
Final de noite, todas as bandas e público gratos e extasiados.
Vida longa ao evento muito bem organizado, produção impecável e atenciosa com o público.
E esse foi o Rato No Rio Revival: Uma celebração inovadora para um clássico do Underground na zona oeste carioca que vive e resiste.
Acompanhe e conheça as bandas:
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