Tomarock Produções, A Grande Roubada e Submersa apresentam: Crypta, Surra, DarkTower e Klitoria no Circo Voador.

Uma noite marcada com muita chuva forte, quatro apresentações insanas e o Circo Voador completamente lotado.

Como citei, a noite do dia 03 de Novembro foi marcada por fortes chuvas no Rio de Janeiro, o que causou um caos ainda maior no transporte público. Devido a isso, não pude prestigiar o show da primeira banda, a Klitoria.

No entanto, segundo registros e fãs da banda, rendeu uma apresentação energizante, com stage dive executado até pelos músicos. Pude vê-los duas vezes esse ano e, realmente, é um espetáculo técnico e muito dinâmico muito bem apurado dentro de sua vertente.

     Banda: Klitoria

     Foto: Luan Citele

Quando cheguei ao Circo Voador, me deparei com o Luciano Paz, produtor da Tomarock Produções, falando que "se tivesse a oportunidade de colocar uma banda de Metal extremo no palco do Circo Voador pra tocar, com certeza seria a DarkTower. E assim foi feito." Palavras dele. E de fato, é uma banda que, pelo seu currículo estradeiro, desempenho e seriedade não só com seu público mas com o próprio trabalho mereceu e muito estar ali naquela noite.

Então esse quinteto insano, sem seu corpse paint e com o baterista Gabriel Bastos, que conseguiu tirar as músicas em uma semana substituindo o Rômulo Grilo dão início à apresentação. 

Eles iniciam com "The Carnal Splendour" mas percebo que há uma exaltação maior quando há um momento de parafrasear o estado laico à música "God Above Nothing". 

Com bases de vocais alternados, dão sequência a "Obedientia" e "Human Like Fire" acerca de letras que tratam a soberba e um objetivo de doutrinação de uma sociedade hipócrita. 

A banda encerra com o petardo "Blood Harvest" em meio à lembranças de tempos sombrios e agradecimentos pela platéia pela noite.

     Banda: DarkTower

     Foto: Joseph Silva 

Ao final da apresentação, percebo que a bateria do lado direito ao entrar está sendo utilizada pelas bandas e desmontada em tempo hábil nos intervalos.

E, falando em intervalos, o DJ Renato Lima arrasou no play tanto com músicas nacionais (Gangrena Gasosa) e internacionais.

Vocês não tem noção do quão potente e porradeiro é um show da banda Surra. Com canções super rápidas, eles conseguem levantar uma sequência bruta de stage dive que não para ao longo do show, e o público subindo no palco com a ajuda de alguém pra cantar junto. Quem adora um Crossover Thrash deve ir num show deles! 

Com a bandeira da Palestina no palco, eles já iniciam com "Escorrendo Pelo Ralo" exalando palavras torpes à situação que passamos (e que ainda vivemos em reflexo de tal desgoverno). Não é brincadeira, é música por minuto e energia pura!!! Eles fecham com "Bom Dia Senhor".

     Banda: Surra

     Foto: Luan Citele

Entre as apresentações, um mundo de rostos conhecidos, alguns comentando a singularidade de cada show, outros cumprimentando os músicos que lá estavam, e mais alguns bebendo e comprando merch das bandas. 

E, pontualmente, as quatro rainhas do Death Metal brasileiro começam a sua apresentação com o público colado no palco e já cantarolando alternado ao mosh enquanton "The Aftermath" era bradado. 

Fernanda Lira, vocalista e baixista, agradece e fala o quanto tocar no palco do Circo Voador é uma realização. 

E meu parça... Que show! Da identidade visual do palco tomado de velas ao pedestal da Fernanda Lira (frontwoman e baixista) todo trabalhado no novo álbum, Shades Of Sorrow. Não deixando de tocar, de forma diligente, as demais músicas.

A Crypta executa muito bem cada música, mas "Kali" é a queridinha do público. O mosh vai se intensificando enquanto o álbum todo perante a apresentação, o que o torna muito bem projetado. Percebo uma movimentação a mais entre "The Limbo" e "Trial Of Traitors". É lindo!!!

Elas encerram com "The Closure".

São uma baita referência de banda de Death Metal da atualidade e não é à toa.

A música extrema e o Underground encontram-se mais vivos do que nunca!!!

Ao fim do show, as integrantes deram toda atenção ao fãs.

Humanização, neah? 

Nunca será só música.

      Banda: Crypta

      Foto: Tadeu Goulart 

Meus agradecimentos à Tomarock Produções, Grande Roubada, Submersa e toda equipe do meu lugar favorito do Rio de Janeiro por poder falar sobre esse evento marcante e histórico.

     Equipe

     Tomarock Produções, A Grande Roubada e Submersa.

     Foto: Tadeu Goulart 

Fiquem com o setlist das bandas:

Klitoria

1- Me Dê

2-190

3- Na Caverna

4- Xapisco 

5- Skate Karatê

6- Nada Mais Brilha  

7- Maleta

8- Não Me Siga

9- Cigarro

10- Quantas Vezes Mais  

11- Armadilha

12- Sinal

13- Nem Tudo Tem Um Fim 

14- Conteúdo Explícito Laboratório 

15- Eu Não Vou Te Ouvir 

DarkTower 

1- The Carnal Splendour 

2- Dawn Of Darkness Times

3- God Above Nothing 

4- Obedientia 

5- Human Like Fire 

6- Blood Harvest 

Surra

1- Escorrendo Pelo Ralo 

2- Ultraviolência

3- Caso Isolado

4- Merenda

5- No Lixo

6- O Mal Que Habita Na Terra

7- Ninho de Rato 

8- Fugir Da Vida

9- Do Lacre Ao Lucro

10- Um Gole De Ácido 

11- Tamo Na Merda

12- Brasileiro, Otário e Triste

13- Ódio/SA

14- (Vinheta) - Virou Brasil PT.1

15- Virou Brasil PT.2

16- Anestesia

17- Vida Medíocre 

18- Mais Um Refém

19- (Vinheta) + Guerra Suja, Bolso Cheio

20- Jogo Sujo

21- Roendo O Osso

22- Cuba Thrash/30kg de Merda

23- Parabéns Aos Envolvidos

24- Bom Dia Senhor

Crypta

1- The Aftermath 

2- The Otherside Of The Anger

3- Kali

4- Poisonous Apathy 

5- Lista The Blind Fold 

6- Dark Night Of The Soul

7- Stronghold 

8- The Limbo

9- Trial Of Traitors

10- Under The Black Wings

11- Lullaby For The Forsaken

12- The Outsider

13- Lord Of Ruins

14- From The Ashes

15- The Closure